Substâncias disto e daquilo

"Nas próximas semanas, deixaremos de permitir blogues com conteúdo sexualmente explícito ou imagens ou vídeos com nudez gráfica. A nudez apresentada em contextos artísticos, educacionais, documentários ou científicos ou onde a não acção sobre o conteúdo possa beneficiar substancialmente o público continua a ser permitida."

Toma destes, blogger.

Porous Walker

Ele há rios de grande sermão

Penso que o Padre António Vieira veio aqui inspirar-se para a sua grande obra "Sermão de Santo António aos peixes".

Mas isto sou eu que vê sempre o óbvio como enorme inspiração.

Água de bisnaga

Por vezes tens que ficar em casa, não vás apanhar um resfriado no entra e sai da toca.

Feliz Gay-magos

O dia dos namorados está a chegar, ou seja, coisas foleiras a dar com pau. Ao descodificar esta expressão, meus caros, há panos para mangas, e há-de sobrar algum para a tanga também. Somos todos floridos de coisas boas, lambidelas em peitorais vintage e beijocas na peruca descolorada. As latrinas celebram sempre estas datas de intimidade, com ou sem cônjuge, o que interessa é espalhar amor, dor, há uns que são de atum e outros uns de papel, ainda há quem o pinte secretamente em paredes britânicas, cá nós alçamos a boa disposição, despimo-nos em atracção e partilhamos o que de bom a vida tem, tenhas pichota ou pipi, é amor.  

Feliz dia de compromisso, de libertação, de relação, de paixão ou de tesão.

Enquanto uns se penduram outros dão à máquina

VS

Os preguiçosos, mecanizados,

Momento lúdico

Os caras de cu também sofrem.

Eat My Shit de Eduardo Casanova

Só quem diz é quem é

Que é quase a mesma coisa que um beijinho, que uma penetração, que um apalpão de seios, que uma esfregadela no pipi, que um trocar de olhares, que um movimentos sexy na pista de dança, que um linguado absurdo, que um dar as mãos, que um brindar com os braços entrelaçados, que um pedido de casamento, que um minete e que um acto de masturbação.

A quem querem enganar? 

Somos leões domesticados, uns nem largam a coleira enquanto outros se fartam de a morder.

O sufoco da salpicha

Com que magoa o não digo! Eu nem te vejo,

Meu caralho infeliz! Tu, que algum dia

Na gaiteira amorosa philistria

Foste o regalo do meu patrio Tejo!

Sem te importar o feminino pejo,

Traz a mimosa virgem, que fugia,

Ficando à terna, afadigada Armia,

Lhe pespegavas no conninho um beijo:

Hoje, canal de fetida remela,

O misanthropo do paiz das bimbas,

Apenas olhas candida donzella!

Deitado dos colhões sobre as tarimbas,

Só co'a memoria em feminil cannella

Às vezes pivia casual cachimbas.

"Soneto do caralho decadente", Bocage

Ainda somos Charlie?

Abaixo a censura!